O presidente dos EUA, Donald Trump, nomeou Tom Barrack como enviado especial para a Síria, visando acompanhar a transição do país após a saída do regime de Bashar al-Assad.
O embaixador dos Estados Unidos na Turquia, Tom Barrack, foi nomeado pela Casa Branca como enviado especial para a Síria. O seu papel será supervisionar o processo de transição iniciado pelas novas autoridades sírias.
O presidente norte-americano, Donald Trump, havia anteriormente anunciado, em 13 de maio, o levantamento das sanções ao país em apoio ao governo liderado por Ahmad al-Charaa, um ex-jihadista cuja facção, Hayat Tahrir al Sham (HTS), depôs o antigo presidente sírio Bashar al-Assad no final do ano passado.
Segundo Barrack, Washington anticipa que al-Charaa implemente reformas significativas, alinhadas com a "visão clara de Trump para um Médio Oriente próspero e uma Síria estável e pacífica em relação aos seus vizinhos".
Em declarações nas redes sociais, Barrack expressou orgulho em assumir esta nova função, sublinhando que a suspensão das sanções ajudará a preservar o objetivo de derrotar o Estado Islâmico, ao mesmo tempo que permitirá ao povo sírio vislumbrar um futuro melhor.
Barrack, um antigo executivo de fundos de investimento e angariador da campanha de Trump, enfrentou acusações anteriores de atuar como agente ilegal para os Emirados Árabes Unidos, mas foi absolvido de todas as acusações em 2019.
A Síria está a entrar numa nova fase após quase 14 anos de guerra civil, com a queda do regime de Assad em dezembro de 2024. Desde então, mais de 1,5 milhões de sírios já regressaram ao país, embora a maioria ainda enfrente dificuldades significativas, como falta de abrigo e serviços essenciais.
A diretora de operações do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Edem Wosumo, mencionou que os regressados enfrentam enormes desafios, incluindo a destruição das suas residências durante o conflito, bem como a falta de emprego e a ameaça de explosivos remanescentes.
Apesar da redução na ajuda global, a ONU continua a fornecer apoio a 2,4 milhões de pessoas por mês na Síria. Wosumo também salientou que a decisão dos EUA e da União Europeia de levantar as sanções poderá trazer alívio à população e auxiliar na recuperação do país.