O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que não marcar presença na cimeira da NATO em Haia seria uma vitória para o Kremlin, não contra a Ucrânia, mas para a Aliança Atlântica.
Durante uma conferência de imprensa em Berlim ao lado do chanceler alemão, Friederich Merz, Volodymyr Zelensky sublinhou que a sua participação na cimeira da NATO, agendada para o final de junho em Haia, é crucial. O líder ucraniano mencionou que já recebeu "sinais" positivos dos aliados, mas frisou a necessidade de clarificar qual será o nível de envolvimento de Kiev no encontro.
Ele comentou que, pela primeira vez desde o início do conflito, é possível que não possa estar presente devido a uma potencial objeção dos Estados Unidos. Esta situação, segundo ele, representaria uma "vitória para Putin", enfatizando que isto não se trataria de um triunfo na guerra contra a Ucrânia, mas sim um golpe para a NATO.
Zelensky reforçou que a decisão final cabe aos seus parceiros, mas alertou que o êxito da cimeira depende das escolhas que serão realizadas lá. O ministro da Defesa dos Países Baixos, Ruben Breklemans, revelou que esforços estão em marcha para permitir a participação do presidente ucraniano, apesar das objeções levantadas pelos Estados Unidos sobre o seu convite.
Vale lembrar que o presidente da Ucrânia esteve presente nas últimas duas cimeiras anuais da NATO e interveio via vídeo em 2022.