O exército israelita confirmou a intercetação de um míssil proveniente do Iémen, elevando os alarmes de segurança em várias regiões do país.
O Exército de Israel anunciou, às 21h30 locais (19h30 em Lisboa), a intercetação de um míssil que tinha sido disparado do Iémen. Esta situação provocou o acionamento de alarmes em várias áreas do território israelita.
Na manhã de terça-feira, outros dois mísseis foram lançados a partir do Iémen, com um deles a ativar sirenes de ataque aéreo em diversas zonas da Cisjordânia. Em resposta, Israel efetou, no dia seguinte, ataques aéreos que destruíram um avião da Yemen Airways no principal aeroporto de Sana, a capital do Iémen.
Desde o reinício da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, a 18 de março, os rebeldes Huthis, que possuem laços com o Irão, têm disparado vários mísseis em direção a Israel, tendo a maioria sido interceptada com sucesso.
Os Huthis, que frequentemente têm como alvo o Aeroporto Internacional de Telavive, conseguiram em maio de lançar um projétil que não foi intercetado, embora não tenha resultado em vítimas fatais.
Este grupo xiita integra o "eixo de resistência" liderado pelo Irão, que também inclui o Hezbollah do Líbano e grupos palestinianos como o Hamas e a Jihad Islâmica.
Desde novembro de 2023, os Huthis têm intensificado os seus ataques à navegação comercial na região do Mar Vermelho, buscando desestabilizar economicamente Israel e demonstrar solidariedade ao Hamas, recorrendo a dezenas de agressões diretas contra o território israelita.
A escalada de ações no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, áreas cruciais para o comércio global, motivou campanhas de bombardeamento por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido contra posições Huthis no Iémen.
Em 6 de maio, o sultanato de Omã anunciou um acordo de cessar-fogo entre os Huthis e os Estados Unidos, logo após o presidente norte-americano, Donald Trump, declarar o fim dos ataques no Iémen, apesar das contínuas hostilidades com Israel.