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Rússia afirma que Ucrânia está prestes a sofrer uma derrota definitiva

há 2 dias

Durante uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, a Rússia declarou que a Ucrânia se encontra "à beira da derrota total" e defendeu que um cessar-fogo é insuficiente para resolver o conflito.

Rússia afirma que Ucrânia está prestes a sofrer uma derrota definitiva

Na segunda reunião desta semana no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador russo Vasily Nebenzya reiterou a capacidade das Forças Armadas russas de "continuar e intensificar" as operações na Ucrânia "pelo tempo que for necessário", sublinhando que simplesmente parar os combates não traz a paz desejada.

Nebenzya acusou os aliados europeus da Ucrânia de desejarem prolongar a guerra, afirmando que a situação em Kyiv é crítica e que a derrota da Ucrânia está iminente. "Estamos prontos para alcançar os nossos objetivos, seja por via pacífica ou militar", afirmou, referindo-se ao sucesso das tropas russas ao longo da linha de frente, conforme relatórios militares.

O clima de insegurança na Ucrânia piorou desde o ano passado, com a ONU a reportar um aumento de 59% no número de civis mortos no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Durante o último fim de semana, as Forças Armadas russas lançaram uma série de ataques com mísseis e drones, resultando em numerosas vítimas entre a população civil.

Nebenzya reforçou que um cessar-fogo por si só não solucionará a situação, sendo necessário abordar as "causas fundamentais" do conflito e a proteção dos direitos da comunidade de língua russa na Ucrânia. O diplomata identificou ainda um "grupo" que resistiria ao fim das hostilidades, acusando o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e aliados europeus de o impedirem por medo de perder influência.

Direcionou críticas também a Londres, Bruxelas, Paris e Berlim, acusando-os de promover uma narrativa de hostilidade para pressionar os Estados Unidos a apoiar incondicionalmente a Ucrânia. "Os Estados europeus continuam a travar uma guerra por procuração contra a Rússia, acreditando que podem fazê-lo sem consequências", comentou Nebenzya.

Apesar de não ter rejeitado a possibilidade de um cessar-fogo, ele destacou que seria essencial que os países ocidentais interrompessem o fornecimento de armamento à Ucrânia e que a mobilização por parte de Kyiv fosse suspensa.

Uma nova rodada de negociações entre as delegações russa e ucraniana está agendada para segunda-feira em Istambul, embora as expectativas quanto a um resultado positivo sejam cautelosas. A Rússia deverá apresentar as suas condições para a entrega de armas, enquanto a Ucrânia exigiu receber esses termos com antecedência para análise.

A representação dos Estados Unidos na reunião de hoje relembrou que a Ucrânia está disposta a aceitar um cessar-fogo imediato e incondicional, reiterando que a responsabilidade pela sua rejeição recai sobre a Rússia. Os EUA também salientaram o direito da Ucrânia à autodefesa e ao apoio dos seus aliados.

Desde o início da invasão em fevereiro de 2022, a ONU registou pelo menos 13.279 civis mortos, sendo 707 crianças, assim como 32.449 feridos, incluindo 2.068 crianças.

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#GuerraUcrânia #PazDuradoura #DireitosHumanos