Política

Chega critica gestão do SNS após escândalo de pagamentos

há 10 horas

André Ventura, líder do Chega, exige relatório anual ao Governo sobre despesas na saúde, após revelações sobre dermatologista que faturou 400 mil euros em dez dias de trabalho extra.

Chega critica gestão do SNS após escândalo de pagamentos

André Ventura, presidente do Chega, manifestou esta terça-feira a sua indignação face ao caso de um dermatologista que angariou 400 mil euros em apenas dez dias de trabalho adicional no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em 2024. Para Ventura, este episódio exemplifica a existência de "fraude, abuso e desperdício" no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"O Chega já alertou diversas vezes para uma questão que é extremamente sensível para os cidadãos: o desperdício e a fraude no sistema de saúde. Os dados são preocupantes e merecem a nossa atenção", declarou Ventura durante uma conferência de imprensa na Assembleia da República.

O líder do Chega anunciou que o partido irá desafiar o Governo a implementar um "relatório anual" que permita avaliar a execução do Orçamento do Estado e as despesas ano após ano, destacando especificamente o valor associado a fraudes e desperdícios no sistema.

"Independentemente das auditorias que possam ser realizadas, suspeitamos que este caso não seja isolado e que existam outros semelhantes nas diversas áreas da saúde em Portugal. É fundamental ter em conta que os recursos na saúde são limitados e que os modelos de fraudes podem ultrapassar este setor e afetar outros ministérios", acrescentou.

A CNN Portugal reportou na passada sexta-feira que o dermatologista em questão terá recebido 400 mil euros por trabalho realizado em 10 sábados, sendo que um dos dias foi dedicado à remoção de lesões benignas nos pais. Em apenas um desses sábados, o médico faturou mais de 51 mil euros.

Esse caso recai sobre o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), que possibilita a realização de cirurgias fora das horas normais de trabalho, com o objetivo de atenuar as longas listas de espera nos hospitais.

Atualmente, tanto o Ministério Público (MP) como a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) estão a investigar a situação.

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#FraudeSNS #DesperdicioSaúde #TransparênciaGoverno