O ex-ministro Fernando Medina afirma que a formação de uma frente de Esquerda para as eleições autárquicas deve ser analisada individualmente, realçando a especificidade de cada eleição.
Fernando Medina, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e antigo ministro das Finanças, expressou, numa entrevista na Rádio Renascença, a sua opinião sobre a formação de uma frente de Esquerda para as próximas eleições autárquicas. Medina afirmou que "não faz sentido" considerar uma aliança dessa natureza de forma genérica, defendendo que "cada eleição é uma eleição diferente".
"As eleições autárquicas têm características únicas, por isso a ideia de uma frente de Esquerda deverá ser abordada caso a caso, e não como uma solução única", frisou.
Relativamente à proposta de revisão constitucional apresentada pela Iniciativa Liberal, Medina criticou a iniciativa, sugerindo que se trata de uma estratégia para testar a posição do PSD. "É uma perda de tempo e surge de uma frustração do partido de Rui Rocha, uma vez que os seus resultados não corresponderam às expectativas", declarou.
Para Medina, esta proposta visa, na verdade, forçar o PSD e distrair a opinião pública. "A Iniciativa Liberal não é essencial no cenário parlamentar, e parece estar a buscar atenção com esta revisão constitucional, enquanto o Chega já está a moldar o debate com propostas concretas", concluiu.