Mariana Vieira da Silva recusa candidatura no PS e alerta para a importância da unidade

Mariana Vieira da Silva reiterou, em entrevista à Antena 1, que a realização de eleições internas no Partido Socialista (PS) deveria ocorrer apenas após as autárquicas. A ex-ministra da Presidência explicou que optou por não avançar com a sua candidatura a secretária-geral, frisando que "dividir o partido neste momento não seria apropriado".

A deputada sublinhou que uma luta interna tão próxima das autárquicas poderia fragmentar a força do PS, algo que considerou contraproducente. "Acredito que o PS perderá uma oportunidade valiosa de associar a reflexão sobre a liderança e os programas às decisões políticas", afirmou. Ela mencionou que, apesar de ter havido espaço para uma disputa interna, prevaleceu a preferência por uma solução rápida, o que, na sua opinião, não é o mais adequado.

Mariana Vieira da Silva também fez notar que a questão do timing foi imprescindível para a sua decisão de não ser candidata. Para ela, a ambição de liderar o PS nunca foi uma prioridade. "O que devemos considerar é quem na nossa equipa poderá melhor representar o PS e os seus valores, não apenas as vontades individuais", destacou.

Relativamente a José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna, ela reconheceu a sua competência, mas expressou preocupação em relação ao processo de escolha do novo líder. "A escolha do futuro líder do PS deve vir após uma reflexão mais aprofundada sobre a estratégia do partido", concluiu, defendendo um debate eficaz sobre as direções a seguir.