António Filipe pede que a moção de rejeição proposta pelo PCP leve a uma votação, sublinhando a importância do combate à agenda governamental.
No passado sábado, o ex-deputado do Partido Comunista Português (PCP), António Filipe, expressou a intenção do coletivo em promover uma votação do programa do Governo, de forma a que cada partido possa assumir as suas responsabilidades. Esta declaração surge na sequência da moção de rejeição anunciada pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
António Filipe destacou que, contrariamente ao que muitos acreditam, o programa do Governo não passa por votação a não ser que uma moção de rejeição seja apresentada. “O que pretendemos é que essa votação aconteça, para que todos tenham a oportunidade de se pronunciar. Se não estão satisfeitos, peço desculpa”, publicou na rede social X (Twitter).
Em referência a declarações anteriores de Paulo Raimundo, que já em 20 de maio afirmou que não era necessário aguardar pelo documento do Governo para prever os seus impactos negativos nos serviços públicos e nos direitos dos trabalhadores, Filipe reafirmou o compromisso do PCP em travar “o programa e a agenda reacionária” do Executivo. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para combater esta política, tanto no plano institucional como nas lutas do dia-a-dia”, reiterou.
Questionado sobre o motivo da moção de rejeição, que parece destinada ao insucesso, Raimundo explicou que este ato possui um grande valor político, funcionando como uma condenação à estratégia do Governo. “Este é um sinal claríssimo para aqueles que não desistem e que, com coragem, se opõem a esta política”, finalizou.