Política

Paulo Raimundo defende: "É tempo de dar luta à política vigente"

há 2 dias

O líder do PCP, Paulo Raimundo, reafirma a força do partido após as legislativas e destaca a necessidade de combater as políticas da direita que afetam a maioria da população.

Paulo Raimundo defende: "É tempo de dar luta à política vigente"

Em declarações durante uma cerimónia em Baleizão, no concelho de Beja, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, sublinhou que os resultados das recentes legislativas não desmoralizam o partido, mas sim, reforçam a determinação de enfrentar as políticas da direita que prejudicam a população. Segundo Raimundo, "uma parte significativa dos que votaram à direita serão as principais vítimas das suas políticas", advertindo que o PCP precisa desses eleitores para travar o que considera ser um ataque aos direitos do povo.

A sua intervenção ocorreu após as homenagens a Catarina Eufémia e para assinalar o 71.º aniversário do seu assassinato pelas mãos do Estado Novo. No comício, apesar das elevados termómetros, muitos militantes e simpatizantes estiveram presentes. O líder comunista analisou os resultados do círculo eleitoral de Beja, onde o Chega se destacou como a força mais votada, vencendo em oito concelhos, ao contrário do PS que tinha dominado no ano anterior.

Raimundo não hesitou em mencionar o impacto que os resultados têm no PCP, que permanece sem representação parlamentar na região. No entanto, observou que "isso não nos desanima; pelo contrário, reforça a nossa crença na necessidade de um caminho alternativo ao que está estabelecido". Ele advertiu ainda quanto ao "inimigo" que deve ser enfrentado: "aqueles que promovem políticas que favorecem o enriquecimento de poucos às custas da maioria".

Raimundo criticou as práticas bancárias, referindo que "a banca lucra 13 milhões de euros por dia" e questionou a falta de indignação da população. Ele reiterou que "a direita não representa a solução" e que as suas intenções são de aprofundar as desigualdades. "Estamos aqui para resistir e lutar", afirmou, e enfatizou que os resultados eleitorais não justificam políticas que vão contra os interesses da maioria.

Sobre a situação em Baleizão, destacou a melhoria da CDU, que passou de segundo a primeiro lugar em termos de votação, sublinhando que "devemos ter sempre uma perspetiva positiva e lutar. Nós vamos para cima deles, não importa o enfoque, mas sim a luta pela política que defende o povo."

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