A ONU elogia a recente troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, destacando a importância deste feito dentro de um contexto de desescalada do conflito.
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou a sua satisfação perante a troca de prisioneiros iniciada entre a Rússia e a Ucrânia, uma operação que segue um acordo assinado na semana passada entre os dois países e envolve cerca de 2.000 indivíduos.
Durante uma conferência de imprensa, o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, reiterou: "Antevemos que a troca de prisioneiros de guerra prossiga e que contribua para um esforço mais abrangente de estabilização da situação".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que a Ucrânia obteve a libertação de 390 pessoas que estavam detidas na Rússia como prisioneiras de guerra. Esta fase inicial do acordo visa a troca de 1.000 prisioneiros de cada lado.
Zelensky declarou ainda nas redes sociais que “a primeira fase da troca de 1.000 pessoas por outras 1.000 foi completada”, expressando a expectativa de que novas trocas ocorram neste fim de semana.
Por seu lado, as autoridades russas informaram que foram trocados um total de 270 militares e 120 civis, como resultado do acordo realizado em Istambul, Turquia, onde as discussões entre Moscow e Kyiv tiveram início nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022.
O Ministério da Defesa da Rússia revelou que os cidadãos russos libertados já estão na Bielorrússia, onde recebem cuidados médicos e apoio psicológico.
O Kremlin anunciou que pretende dar seguimento a esta "troca em larga escala" nos próximos dias, sem contudo estabelecer um prazo específico para a conclusão das transferências de prisioneiros.
Este desfecho ocorre no contexto de uma guerra que é considerada a mais grave crise de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.