A bolsa de Lisboa terminou o dia em queda, com o PSI a perder 0,61%, destacando-se a Altri com uma descida acentuada de 8,86%.
A bolsa de Lisboa fechou em negativo, com o índice PSI a recuar 0,61%, estabelecendo-se nos 7.330,90 pontos. Entre as 15 empresas cotadas, 11 sofreram perdas, enquanto apenas três conseguiram valorizar-se e a REN manteve-se estável a 2,88 euros.
A liderança dos índices negativos foi ocupada pela Altri, que registou uma queda de 8,86%, atingindo os 5,66 euros. Esta descida ocorre após a empresa ter anunciado um lucro de 7,6 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, refletindo uma redução de 64,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme comunicado ao mercado nesta quinta-feira.
Outras descidas significativas incluem a Navigator, que perdeu 3,46% e situou-se nos 3,52 euros, e a Semapa, que recuou 2,71% para 17,92 euros. A Sonae SGPS caiu 1,73% para 1,25 euros, enquanto a Ibersol viu o seu valor descer 1,45%, estabelecendo-se em 9,50 euros. Os CTT também registaram uma quebra de 1,24%, alcançando 7,18 euros, e a Corticeira Amorim desvalorizou 1,20%, fixando-se em 8,25 euros. Por fim, a Mota-Engil teve uma descida de 1,17%, a 4,75 euros.
A Navigator confirmou a saída de 125 trabalhadores até ao final do ano, mas rejeitou acusações de pressão para rescisões, sublinhando que as saídas são fruto de um programa voluntário. A União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP-IN tinha previamente denunciado pressões sobre 54 funcionários das suas fábricas.
As empresas Galp (13,72 euros), NOS (3,81 euros) e Jerónimo Martins (21,88 euros) terminaram o dia com quebras inferiores a 1%.
No outro extremo, o BCP destacou-se em sentido inverso, com um aumento de 1,13%, fixando o valor em 0,66 euros. A EDP Renováveis registou uma ligeira valorização, subindo para 8,63 euros, enquanto a EDP cresceu 0,57%, estabelecendo-se em 3,50 euros.
Na cena europeia, os principais mercados também apresentaram quedas, com Frankfurt a registar -1,54%, Paris -1,65%, Madrid -1,18% e Londres -0,24%.
A atual pressão nos mercados está associada a recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas de 50% sobre a União Europeia, afirmando que as negociações comerciais não estão a resultar. A proposta de Trump indica que a tarifa seria aplicada a partir de 1 de junho de 2025, exceto para produtos fabricados nos Estados Unidos.