Rasha Qandil, jornalista egípcia, foi libertada sob fiança após interrogatório por alegada disseminação de informações falsas, enquanto investigações prosseguem.
A jornalista egípcia Rasha Qandil foi libertada à noite sob fiança, após ser submetida a interrogatório pelo Ministério Público de Segurança do Estado. O seu advogado, Nabeh al-Ganadi, informou que a libertação ocorreu após Qandil enfrentar acusações de "espalhamento de informações falsas".
O valor da fiança foi fixado em 50 mil libras egípcias, o que equivale a cerca de 880 euros. A defesa sustenta que as acusações contra a jornalista se baseiam em queixas de cidadãos sobre as suas publicações nas redes sociais, um relatório de segurança nacional e uma análise das suas contas pessoais no Facebook, Instagram e X.
De acordo com o advogado, Rasha entregou-se voluntariamente ao Ministério Público para o interrogatório antes de ser libertada. Nesta fase, não foi imposta nenhuma proibição de viagem, embora o inquérito continue em aberto.
Os possíveis desfechos incluem a arquivação do caso ou o seu encaminhamento para tribunal. Rasha Qandil, reconhecida como uma figura proeminente nos meios de comunicação do mundo árabe, é casada com Ahmed al-Tantawi, um ex-candidato à presidência que está detido há um ano.
Tantawi enfrenta acusações relacionadas com a sua campanha nas eleições presidenciais de dezembro de 2023, nas quais o atual presidente, Abdel Fattah al-Sisi, foi reeleito com 89,6% dos votos. Apesar de estar na prisão, o líder da oposição foi recentemente ouvido em novos casos envolvendo alegações de "incitamento a atos terroristas" e "convocação de manifestações" relacionadas com a guerra em Gaza.
A situação no Egito é frequentemente criticada por organizações de direitos humanos, que estimam que dezenas de milhares de presos políticos, incluindo ativistas e jornalistas, estão encarcerados, uma alegação que o governo refuta.