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Conferência da ONU debaterá a situação do Hamas e o reconhecimento da Palestina

há 4 horas

A Conferência Internacional para a Solução de Dois Estados, em junho, focará na situação do Hamas e no reconhecimento do Estado palestiniano, num momento crítico para a região.

Conferência da ONU debaterá a situação do Hamas e o reconhecimento da Palestina

A Conferência Internacional para a Solução de Dois Estados, agendada para decorrer entre 17 e 20 de junho na sede da ONU em Nova Iorque, centrará a sua atenção em dois tópicos cruciais: o futuro do movimento extremista Hamas em Gaza e o reconhecimento do Estado palestiniano.

Coorganizada pela França e pela Arábia Saudita, a conferência incluirá um segmento de alto nível no dia 19, onde se espera a presença dos presidentes dos dois países. É também possível que outros líderes árabes se juntem ao evento, dependendo do progresso nas negociações até ao momento.

Nas preparações, os organizadores destacaram a importância do envolvimento internacional para garantir o sucesso da conferência, tendo em vista a grave situação humanitária na Faixa de Gaza e a deterioração das condições na Cisjordânia.

A França tem sinalizado recentemente a possibilidade de reconhecer formalmente o Estado palestiniano, que já conta com reconhecimento de 140 dos 193 países membros da ONU. Este ato, se concretizado durante a conferência, teria um grande significado simbólico, visto que a França e outras potências do G7 ainda hesitam em seguir o exemplo de países como Espanha, Irlanda e Noruega.

A posição da Arábia Saudita foi expressa pela sua ministra dos Negócios Estrangeiros, Manal Radwan, que defendeu que "a paz começa com o reconhecimento do Estado da Palestina" como uma necessidade estratégica, visando limitar a influência de grupos como o Hamas e criando um ambiente propício para uma solução política.

Anne-Claire Legendre, conselheira do Médio Oriente da França, sublinhou a necessidade de desarmar o Hamas e reforçar a governança da Autoridade Palestiniana, indicando que a ONU deve desempenhar um papel ativo nesse processo. O desafio permanece, dado que a atual estrutura do Gaza está solidamente controlada pelo Hamas, enquanto a Autoridade Palestiniana exerce autoridade apenas na Cisjordânia.

Carmen Margariños, diretora-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, enfatizou a importância de envolver a sociedade civil palestiniana e exortou os países participantes a considerarem mecanismos legais e diplomáticos para avançar com a ideia de dois Estados, que, apesar de amplamente discutida, continua a ser em grande parte uma aspiração.

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#PazNoMédioOriente #ReconhecimentoPalestiniano #FuturoDoHamas