Organizações da sociedade civil guineense convocaram manifestações para exigir o restabelecimento da democracia, desafiando a proibição do governo e a posição do Presidente.
Duas organizações da sociedade civil na Guiné-Bissau convocaram manifestações para hoje, pelas ruas do país, com o objetivo de exigir a reestabelecimento da democracia. Esta ação surge em resposta à proibição imposta pelo governo que limita as liberdades fundamentais.
A iniciativa é liderada pela associação cívica 'Po de Terra', que se uniu à Frente Popular, uma plataforma que agrega diversas associações de jovens e sindicatos. A intenção é reivindicar o fim das restrições à liberdade de expressão e manifestações, em um contexto onde o governo tem mantido uma postura firme contra ações políticas nas ruas.
Umaro Sissoco Embaló, o Presidente da República guineense, classificou a manifestação como uma iniciativa de grupos ilegais, acusando-os de tentativas de desestabilização do país. A polícia, por sua vez, revelou não ter conhecimento das intenções das plataformas, apesar das alegações dos líderes de que o Ministério do Interior não aceitou a comunicação formal sobre a manifestação.
O comissário da Polícia de Ordem Pública, Salvador Soares, garantiu que as forças de segurança estarão em estado de alerta para manter a ordem, especialmente considerando a visita do Presidente do Senegal a Bissau nos próximos dias. Os organizadores optaram por não divulgar os itinerários das manifestações para evitar a interveniência das autoridades.