A China instou os países da OMC a abordarem as alterações comerciais originadas pelas tarifas de Trump com prudência, enfatizando a necessidade de preservar o comércio global.
A China fez um apelo aos Estados membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), sugerindo que respondam com "serenidade" às instabilidades provocadas pelas tarifas impostas por Donald Trump. Durante a recente sessão do Conselho Geral, realizada entre 20 e 21 de maio, a representação chinesa sublinhou a importância de manter as operações comerciais inalteradas para assegurar que os 87% restantes do comércio internacional funcionem conforme os princípios da OMC.
Uma semana após o início da "trégua" comercial entre EUA e China, a delegação chinesa enfatizou que, embora as negociações bilaterais possam ser uma via para mitigar ou resolver tensões comerciais, é imprescindível que as interações continuem a respeitar as regras estabelecidas pelo organismo internacional.
Além disso, a China reafirmou o seu compromisso de adotar medidas firmes em resposta ao unilateralismo e à intimidação, com o intuito de proteger os seus direitos legais e também de salvaguardar as normas comerciais globais, promovendo a equidade e a justiça no cenário internacional.
Por outro lado, a representação dos EUA na OMC destacou que o sistema de comércio unilateral atual falhou em enfrentar os sérios desafios que se colocam, como os crescentes desequilíbrios comerciais e as "práticas contrárias aos princípios" da organização. Foi salientada a necessidade de uma reforma que envolva a participação activa de todos os membros, incluindo aqueles que se beneficiaram da incapacidade da OMC em alcançar as suas metas.