Brasil e Angola fortalecem laços com financiamento para aviões da Embraer

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, anunciou que o governo brasileiro se esforçará para facilitar a venda de aviões da Embraer a Angola, apresentando uma linha de financiamento dedicada ao processo. Durante uma conferência de imprensa no Palácio Planalto, em Brasília, Lula destacou o compromisso do Brasil em apoiar Angola na modernização da sua frota aérea.

“A Embraer está preparada para renovar a frota angolana de aeronaves Super Tucano e fornecer novos modelos”, afirmou Lula ao seu homólogo angolano, João Lourenço. O Presidente brasileiro enfatizou a importância desta parceria, dizendo que “é vantajoso para ambos os países e que podemos trabalhar juntos para viabilizar a compra destes aviões.”

Para avançar com esta proposta, Lula comprometeu-se a solicitar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) o financiamento para a aquisição de três aviões KC-390, que servirão como substitutos dos Hércules atualmente em uso em Angola.

A Embraer, reconhecida como líder mundial na fabricação de aeronaves comerciais com capacidade para até 150 passageiros, conta com uma vasta rede de clientes global e instalações em diversos continentes. Em Portugal, detém 65% do capital da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal.

Hoje, durante a visita de Estado de três dias de João Lourenço a Brasília, os dois líderes também assinaram memorandos de entendimento que visam aprofundar a cooperação entre a Petrobras e a Sonangol, bem como fomentar o setor agropecuário.

A visita de Lourenço ao Brasil, que inclui encontros com várias figuras de destaque, reforça os laços históricos entre os dois países, com o Brasil a ser o primeiro a reconhecer a independência de Angola em 1975. João Lourenço já havia estado no Brasil para a cerimónia de posse de Lula em janeiro de 2023, e este continua a ser um dos grandes pilares da diplomacia brasileira em África.

No último dia da visita, Lourenço está agendado para se reunir com embaixadores africanos no Brasil e com representantes da Comunidade das Caraíbas (Caricom).