Economia

BCP mantém cautela em relação à aquisição do Novo Banco

há 3 dias

O presidente do BCP expressou hoje a sua falta de confiança na compra do Novo Banco, destacando que a decisão dependerá do potencial de criar valor para a instituição.

BCP mantém cautela em relação à aquisição do Novo Banco

Durante uma conferência de imprensa para apresentar os resultados do primeiro trimestre, Miguel Maya, presidente do BCP, foi questionado sobre a possível aquisição do Novo Banco. O dirigente reiterou que o BCP está focado em um crescimento orgânico, sem a necessidade de aquisições, mas mantém a atenção às oportunidades de mercado.

Maya afirmou categoricamente: "A compra do Novo Banco só será válida se tivermos a certeza de que gera valor. Neste momento, não temos essa confiança, principalmente devido ao preço solicitado." Este fator, segundo ele, é crucial na avaliação de qualquer negociação.

O presidente do BCP deixou claro que a sua prioridade é entender se uma potencial aquisição beneficia a sociedade e os acionistas do banco, em vez de se preocupar com a rivalidade entre instituições. "O nosso foco é conquistar a confiança dos clientes e agregar valor, sem nos distrair com a dinâmica de concorrência," explicou.

O Novo Banco, criado em 2014 para assumir parte das operações do extinto Banco Espírito Santo (BES), está agora sob a alçada do investidor Lone Star, que anunciou planos para vender parte da instituição. Com o estado a deter 25% do banco, é ainda necessário esclarecer se o Governo português e o Fundo de Resolução se unirão a esta venda.

Recentemente, o grupo espanhol CaixaBank, proprietário do BPI, foi identificado como um dos potenciais interessados na aquisição do Novo Banco, conforme noticiado pela Bloomberg.

Além disso, Maya reafirmou que as operações do BCP em Moçambique e na Polónia são consideradas estratégicas, e não há planos para a sua venda. Em relação ao encerramento de escritórios de representação no Brasil, justifica que a distância dificultou a manutenção de relações com clientes e que essas unidades já não estavam a contribuir de forma significativa.

Ele recordou ainda que, ao longo dos anos, a instituição também encerrou representações na África do Sul, no Canadá, nos Estados Unidos e na Venezuela.

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