Banco Nacional de Angola mantém previsão de inflação em 17,5% até ao final do ano

O Banco Nacional de Angola (BNA) reiterou, numa conferência de imprensa conduzida pelo seu governador, Manuel Tiago Dias, que espera encerrar o ano com uma taxa de inflação de 17,5%. Esta decisão é sustentada pela tendência de desaceleração da inflação nos últimos meses, embora se reserve a possibilidade de rever esta previsão em julho, conforme as condições do mercado e os dados económicos.

Durante a 123.ª reunião do Comité de Política Monetária, o governador destacou que a inflação mensal registou uma baixa, situando-se em 1,34% em abril, ligeiramente abaixo dos 1,38% de março. Além disso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses decresceu para 22,32%, o que representa uma diminuição face aos 23,85% do mês anterior.

Segundo Manuel Tiago Dias, este abrandamento é resultado de “uma maior oferta de produtos de consumo e condições monetárias favoráveis, além de uma relativa estabilidade no câmbio”. Este cenário é monitorizado de perto pelo BNA, que aguarda também os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a atividade económica do primeiro trimestre de 2023.

O governador fez questão de ressaltar que uma possível alteração das metas do banco está em análise, visto que a taxa de inflação homóloga para 2024 se situou em 27,5%, enquanto o objectivo de inflação para 2025 é uma redução significativa de 10 pontos percentuais para 17,5%.

“Com a inflação acumulada até abril a ser de 22,3%, já assistimos a uma redução substancial em relação ao que pretendemos atingir até ao final do ano”, afirmou. Para os próximos meses, as expectativas apontam para uma contínua redução da inflação homóloga, “motivo pelo qual quaisquer revisões às nossas projeções serão realizadas apenas em julho”, tanto em relação à inflação como ao Produto Interno Bruto.

O governador reafirmou o compromisso do BNA em monitorizar a economia angolana e observou que a tendência de queda da inflação homóloga irá continuar até 2025, conforme previsto.