Seis membros das equipas de segurança da ajuda humanitária em Gaza foram mortos em ataques israelitas na quinta-feira, segundo as autoridades locais.
Na noite de quinta-feira, seis membros das equipas de segurança envolvidas na proteção da ajuda humanitária em Gaza perderam a vida durante uma série de ataques israelitas em Deir al-Balah, conforme reportado por fontes oficiais na área controlada pelo Hamas.
O Governo de Gaza condenou veementemente o que classificou como um "horrendo crime" perpetrado pelo exército de ocupação israelita, salientando que os mortos faziam parte de uma equipa de segurança que tentava proteger camiões de ajuda de uma potencial agressão por um grupo não identificado.
O Exército israelita, por sua vez, comunicou à agência Efe que um dos seus drones identificou "vários homens armados, incluindo terroristas do Hamas", perto dos camiões de ajuda, justificando que a aeronave atacou os atiradores, assegurando que a ajuda humanitária não foi afetada pelo ataque. Os militares refutaram a alegação da autoridade de Gaza de que os mortos eram seguranças da ajuda humanitária, considerando-a "falsa e infundada."
Informações da imprensa palestiniana indicam que o episódio ocorreu na autoestrada Salah al-Din, a principal via que liga o norte e o sul de Gaza, uma zona crítica próxima da linha de separação com Israel.
O Governo de Gaza acusou Israel de procurar interromper o fluxo de ajuda humanitária e criar um ambiente caótico na Faixa. Desde março, Israel tem bloqueado o acesso a camiões de ajuda, gerando uma grave crise humanitária para a população local, que enfrenta escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis.
Aceitando a situação, a autoridade de Gaza fez apelos urgentes à população para proteger os camiões de ajuda, à medida que cerca de 200 camiões conseguiram entrar no enclave nos últimos dias. Contudo, a quantidade de assistência ainda é insuficiente, com o porta-voz da ONU destacando que a ajuda disponível não cobre as necessidades da população.
O conflito teve início após os ataques do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023, que causaram a morte de aproximadamente 1.200 civis, levando a uma resposta militar de Israel que resultou em mais de 53 mil mortos em Gaza e na destruição quase total da infraestrutura do território, forçando centenas de milhares a deixar suas casas.