Wall Street termina dia com pequenos ajustamentos em meio a preocupações orçamentais

A sessão de hoje na bolsa nova-iorquina ficou marcada por variações mínimas, na tentativa dos investidores de mitigar as suas preocupações relacionadas com o orçamento federal. O índice Dow Jones Industrial Average registou uma estabilidade notável, com uma alteração de 0,00%, enquanto o S&P 500 ganhou ligeiramente 0,04%. O Nasdaq, por seu lado, subiu 0,28%.

Jack Ablin, da Cresset Capital, comentou a situação, referindo que "os investidores voltaram a focar-se nas questões do dia a dia em vez de nas dinâmicas estruturais". No início da sessão, o mercado obrigacionista atraiu a atenção dos investidores, que estavam apreensivos quanto ao impacto que o orçamento proposto por Donald Trump poderia ter no défice federal.

Victoria Fernandez, da Crossmark Global Investments, afirmou que "os investidores recuperaram o ânimo à medida que a sessão avançava". O rendimento das obrigações de dívida federal a 30 anos, após ter atingido níveis máximos desde 2007, baixou para 5,05% no início da noite. Para as obrigações a 10 anos, o rendimento estabeleceu-se em 4,54%, abaixo dos 4,60% do dia anterior.

A Câmara dos Representantes aprovou o projeto de lei orçamental de Trump, que visa, entre outras metas, a extensão dos créditos fiscais do seu primeiro mandato. Contudo, muitos analistas indicam que estes créditos poderão contribuir para um aumento do défice federal entre dois biliões a quatro biliões de dólares na próxima década. Fernandez ressaltou que "ainda há incertezas quanto ao que poderá acontecer com esta proposta".

Embora o projeto tenha avançado na Câmara, agora cabe ao Senado discutir as alterações que os republicanos pretendem implementar. Não há previsões claras sobre quando esta importante medida legislativa para Trump poderá ser aprovada.

Em outros dados, as inscrições semanais para pedidos de subsídio de desemprego registaram uma leve diminuição de duas mil em comparação com a semana anterior. Na próxima semana, as expectativas estarão centradas nos resultados financeiros de grandes empresas tecnológicas, incluindo a Nvidia que anunciará os seus números na quarta-feira. "É provável que a questão das taxas alfandegárias volte a ganhar destaque", previu Fernandez.