Troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia ultrapassa 600 detidos

A Rússia e a Ucrânia deram hoje um passo significativo na troca de prisioneiros, com a repatriação de 307 soldados russos e 307 militares ucranianos, num total de mais de 600 prisioneiros envolvidos na segunda fase desta operação sem precedentes.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que, em conformidade com os acordos estabelecidos em Istambul no dia 16 de maio, os 307 militares russos foram repatriados a partir da Ucrânia, conforme reportado pela agência France-Presse (AFP).

Pelo lado ucraniano, o Presidente Volodymyr Zelensky confirmou a troca através da Associated Press (AP).

No Telegram, o Ministério da Defesa da Rússia informou que os soldados estão a ser assistidos na Bielorrússia, onde recebem cuidados médicos e apoio psicológico.

A concretização desta troca aconteceu pouco depois de uma noite de intensos ataques russos a várias localidades, incluindo Kiev, que deixaram um saldo de feridos. Zelensky lamentou os 250 ataques de drones, maioritariamente do modelo Shahed, e 14 lançamentos de mísseis em múltiplas regiões, incluindo Odessa e Kharkiv.

A operação de troca, que já somou um total de 1.000 prisioneiros entre os dois países, está prevista para continuar ao longo do fim de semana, após a passagem de 270 soldados e 120 civis na última sexta-feira.

Os diálogos que derivaram neste acordo têm suas raízes nas conversações que tiveram lugar no início da invasão da Ucrânia, em 2022, em Istambul.

Após esta fase de trocas, ambas as partes deverão formalizar a documentação necessária para a definição das condições para um eventual cessar-fogo.

A invasão militar russa à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, é amplamente considerada um dos maiores desafios de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).