Política

Rui Tavares apela à união da Esquerda para impedir a extrema-direita

há 2 dias

O porta-voz do Livre insiste na necessidade de um pacto entre os partidos à Esquerda, evitando que as câmaras municipais sejam entregues à extrema-direita.

Rui Tavares apela à união da Esquerda para impedir a extrema-direita

Rui Tavares, porta-voz do Livre, fez um apelo à união dos partidos de Esquerda nas próximas eleições autárquicas, enfatizando que é crucial não facilitar a vitória da extrema-direita na atribuição das câmaras municipais. “Refletir é importante, mas também é preciso agir com urgência. A Esquerda não pode permitir-se uma reflexão que se prolongue até ao outono”, alertou em declarações à SIC Notícias.

O historiador mencionou que, atualmente, 60 municípios têm o Chega na liderança, e destacou que isso, nas autárquicas, pode constituir a eleição de 60 presidentes. Deste total, 49 câmaras estão sob a possibilidade de serem ganhas por uma coligação da Esquerda. “Não podemos dar essas câmaras à extrema-direita sem uma luta contundente, devendo trabalhar para reduzir esse número para 11 ou menos”, argumentou Tavares.

O porta-voz do Livre sublinhou que é fundamental que os progressistas e democratas tenham uma alternativa clara que lhes permita enfrentar a extrema-direita. Para isso, serão realizadas reuniões entre os partidos de Esquerda para delinear uma estratégia conjunta.

Analisando os resultados das recentes eleições legislativas, Tavares reconheceu que “a Esquerda falhou em três aspetos fundamentais”, incluindo a falta de um discurso que promova a liberdade. “A liberdade, que sempre foi uma bandeira da Esquerda desde o 25 de Abril, foi, de certa forma, negligenciada e monopolizada pela Direita”, afirmou.

Além disso, Tavares criticou a forma como a Esquerda permitiu que o papel do Estado se limitasse a ser regulador ou caritativo, o que revela falta de pragmatismo. “A Direita tem sido pragmática demais, enquanto a Esquerda tem mostrado pragmatismo a menos. O desafio que temos com as eleições autárquicas é significativo e a Esquerda precisa reagir”, concluiu.

O porta-voz do Livre reafirmou que as propostas do partido têm como objetivo serem universais, argumentando que “Portugal enfrenta uma grande desconfiança social, com divisões que não podem persistir”. Ele defendeu a necessidade de unir o país e restaurar os laços sociais que o unem.

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