Marcelo Rebelo de Sousa empossa Luís Montenegro e os ministros do XXV Governo Constitucional, no Palácio Nacional da Ajuda, destacando a nova configuração política.
No grandioso Palácio Nacional da Ajuda, à hora marcada, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, formalizou a tomada de posse do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e dos 16 ministros que compõem o XXV Governo Constitucional. Esta cerimónia ocorreu 18 dias após as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, onde a coligação AD (PSD/CDS-PP) obteve 91 deputados, ficando sem maioria absoluta.
A cerimónia teve início às 18h00 e, de forma meticulosa, cada membro do novo Governo foi convidado a prestar juramento e a assinar o auto de posse, um processo que se estendeu por cerca de 14 minutos.
Entre os presentes encontravam-se figuras de destaque como o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, bem como os líderes das principais forças parlamentares, André Ventura do Chega e Carlos César do PS, que partilharam algumas conversas amistosas antes da cerimónia.
De acordo com o artigo 187.º da Constituição, o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, levando em conta os partidos na Assembleia da República e os resultados eleitorais. Luís Montenegro apresentou a sua proposta, resultando na nomeação dos ministros, entre os quais figura Paulo Rangel como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, e Joaquim Miranda Sarmento como ministro de Estado e das Finanças.
O novo executivo conta com algumas caras novas e outras já conhecidas, como o ministro da Educação e a nova ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral. Em comparação com o anterior Governo, este tem um ministro a menos, refletindo uma ligeira reorganização nos setores governamentais.
A participação da coligação e as novas forças em ascensão, como o Chega, que se tornou a segunda maior força parlamentar com 60 deputados, marca uma nova fase na política portuguesa. O PS e outras forças menores, como IL e Livre, empregam um novo equilíbrio no cenário governativo.