Três secretários de Estado estão a ser investigados por alegações de corrupção, incluindo transações suspeitas de obras e terrenos, conforme revelações recentes.
O cenário político português enfrenta novas controvérsias, com três secretários de Estado a serem alvo de investigações judiciais por suspeitas de práticas corruptas relacionadas com o poder local.
A notícia foi divulgada pelo jornal Público, coincidindo com a tomada de posse dos 43 secretários de Estado, formalizando assim a composição do novo governo.
As figuras centrais nesta investigação são Salvador Malheiro, Emídio Sousa e João Manuel Esteves.
Salvador Malheiro
Atualmente secretário de Estado das Pescas e do Mar, Salvador Malheiro foi anteriormente presidente da Câmara Municipal de Ovar. As suspeitas sobre a sua gestão indicam que poderá ter recebido pagamentos ilícitos em envelopes, relacionados com adjudicações de obras entre 2016 e 2017. Apesar de Malheiro ter negado as acusações quando o caso veio a público em fevereiro do ano passado, o Ministério Público abriu um inquérito e, recentemente, o político apresentou uma queixa-crime contra o denunciante.
Emídio Sousa
Emídio Sousa, que passou da secretaria do Ambiente para as Comunidades Portuguesas, enfrenta uma investigação por uma transação em 2022, quando a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, onde foi presidente, adquiriu um terreno por 200 mil euros, um valor que contrasta com a avaliação de mercado, que era inferior a 100 mil euros. Em setembro do ano passado, a autarquia foi alvo de buscas relacionadas com este caso.
João Manuel Esteves
João Manuel Esteves, atual secretário de Estado do Ambiente, é arguido na Operação Éter desde 2020. O ex-presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez também está sendo investigado no que concerne às Lojas Interativas de Turismo (LIT) da Turismo Porto e Norte de Portugal, um processo que envolveu 74 arguidos, incluindo 59 autarcas de diversas câmaras do Norte e Centro de Portugal.