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Saqueio de armazém da ONU em Gaza revela crise humanitária

há 1 dia

Uma multidão de palestinianos saqueou um armazém do PAM em Gaza, intensificando a debateda sobre a ajuda humanitária no enclave e as redes de distribuição.

Saqueio de armazém da ONU em Gaza revela crise humanitária

Na quarta-feira, um armazém do Programa Alimentar Mundial (PAM) foi invadido por milhares de palestinianos em Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza. O incidente destacou a crescente tensão entre a ONU e Israel relativamente à entrega de ajuda na região, marcada por um prolongado conflito.

Imagens divulgadas pela agência France-Presse (AFP) mostram uma multidão a levar sacos de alimentos e outros produtos essenciais, enquanto disparos foram ouvidos no local. O PAM confirmou que a multidão procurava bens que tinham sido armazenados para distribuição às comunidades necessitadas.

O organismo da ONU sublinhou a urgência em garantir "acesso humanitário seguro e irrestrito" para permitir a entrega imediata de alimentos aos residentes da Gaza. Além disso, o PAM informou que investiga relatos de duas mortes e vários feridos durante o choque.

Enquanto isso, Israel acusou a ONU de obstruir a ajuda no território, em meio a uma guerra que já dura 600 dias. A ONU, por sua vez, afirmou que está a fazer o possível para retomar a entrega dos escassos produtos autorizados pelas autoridades israelitas.

O Exército israelita anunciou que 121 camiões com farinha e outros alimentos entraram em Gaza, embora a maioria da carga ainda não tenha chegado aos civis. O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) revelou que desde a semana passada, cerca de 800 camiões foram autorizados a entrar, mas apenas uma fração chegou efetivamente às populações necessitadas.

A Faixa de Gaza, com aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, enfrenta um bloqueio prolongado de quase três meses, restringindo o acesso a alimentos, medicamentos e outros bens essenciais. Israel reatou operações militares na Gaza, pouco após a declaração de um novo cessar-fogo que foi quebrado com a escalada dos confrontos desde 7 de outubro de 2023.

O conflito aumentou consideravelmente desde então, resultando em cerca de 54 mil mortes, segundo relataram as autoridades controladas pelo Hamas, e forçando a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

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