O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, manifestou apoio à petição que pede a suspensão da 2.ª fase do Metrobus, advogando pela preservação do espaço público e das ciclovias.
Durante a abertura da Feira de Artesanato de Castilla-La Mancha, no Largo Amor de Perdição, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, expressou a sua concordância com a petição apresentada por Pedro Duarte, primeiro subscritor e candidato do PSD/CDS à Câmara, que propõe a suspensão da segunda fase do projeto do Metrobus. O autarca justificou que a execução desta fase poderia causar uma alteração irreversível na área da Avenida da Boavista, onde está previsto o desenvolvimento da obra.
Moreira destacou que a ideia de um canal dedicado no centro da cidade não se justifica, considerando que isso comprometeria a ciclovia mais utilizada na região, tanto por ciclistas como por pedestres. “Parece-me perfeitamente razoável”, acrescentou o autarca independente.
O presidente da Câmara considerou “muito apropriado” o lançamento da petição, enfatizando que a participação da população, sejam candidatos ou cidadãos, é fundamental neste processo de debate sobre a cidade, especialmente em tempo de candidaturas autárquicas.
Questionado sobre as críticas de Nuno Cardoso, candidato independente, que rotulou a ação de Pedro Duarte como “desconcertante” e contraditória, Moreira respondeu que o projeto não foi desenvolvido pelo Governo atual. “Se as pessoas se mobilizam agora em campanha eleitoral, isso é excelente. No entanto, não me compete avaliar o desafio ao Governo”, afirmou.
O autarca, que se encontra no final do seu último mandato, sublinhou a importância de que os futuros candidatos expressem as suas opiniões sobre a cidade, especialmente quando é crucial ouvir a vontade dos cidadãos.
Além disso, Moreira reiterou suas críticas à administração da Metro do Porto, mencionando que o veículo experimental prometido para o canal do Metrobus, que deveria ter começado a circular em maio, ainda não foi visto. “Para a população se sentir tranquila, seria mais sensato entender como funciona e só depois avançar para a segunda fase”, declarou.
Relativamente à questão dos autocarros a hidrogénio, Rui Moreira enfatizou que a central de produção de hidrogénio, em construção nas instalações da STCP, não estará pronta nos próximos meses, o que poderá obrigar à importação de energia verde. Portanto, o autarca propôs que a primeira fase fosse colocada em funcionamento, corrigissem-se eventuais problemas e formasse-se o pessoal antes de se iniciar a segunda fase.