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Académicos portugueses juntam-se em apoio à Palestina

há 1 dia

Centenas de docentes e investigadores de várias universidades de Portugal assinaram uma petição em solidariedade ao povo palestiniano, pedindo um posicionamento claro das instituições académicas.

Académicos portugueses juntam-se em apoio à Palestina

Centos de professores e investigadores universitários de todo o país uniram-se numa petição intitulada “Manifesto pelo passado, presente e futuro da Palestina. Não somos cúmplices”, endereçada às instituições de ensino superior e à investigação científica.

No início do texto, os signatários afirmam: “Nós, abaixo-assinados, docentes e investigadoras/es a trabalhar no ensino superior e na investigação em Portugal, nas diversas áreas das ciências, artes e humanidades, consideramos que a nossa consciência, os códigos deontológicos que nos regem e o conhecimento que produzimos e transmitimos nos impõem a condenação da violência que vem sendo infligida ao povo palestiniano pelo Estado de Israel”.

Entre os signatários destacam-se nomes como Alexandre Abreu, do Instituto Superior de Economia e Gestão, André Barata, da Universidade da Beira Interior, e João Rodrigues, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC).

A iniciativa visa instar as instituições académicas a expressarem solidariedade. “Em nome da nossa humanidade comum, e com base nos princípios éticos e de responsabilidade social que regem o ensino superior e a investigação científica, instamos as nossas instituições - universidades, centros de investigação e demais estruturas académicas - a tomar uma posição clara e firme de solidariedade com o povo palestiniano. O silêncio, perante tamanha violência e destruição, não é neutro: é conivente”, referem.

O texto sublinha a gravidade da situação ao recordar a definição de genocídio segundo o direito internacional humanitário, enfatizando que não podem permanecer “cúmplices de invasões militares, de ocupações coloniais, de formas de discriminação sistemática, de regimes de apartheid e de práticas que configuram crimes contra a humanidade, incluindo o genocídio”.

Os docentes são oriundos de diversas instituições de ensino em todo o país, que vão desde universidades do Algarve até ao Porto, demonstrando a ampla adesão à causa.

A petição já conta com quase 600 assinaturas, um sinal claro do apoio crescente à luta pelo reconhecimento dos direitos do povo palestiniano.

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