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Reino Unido amplifica restrições à pesca de arrasto em novas áreas protegidas

há 6 horas

Durante a conferência da ONU sobre o Oceano, o Reino Unido revelará a expansão da proibição da pesca de arrasto, abrangendo mais de metade das zonas marinhas protegidas em Inglaterra.

Reino Unido amplifica restrições à pesca de arrasto em novas áreas protegidas

O Governo do Reino Unido está prestes a anunciar que a proibição da pesca de arrasto será estendida a 41 áreas protegidas dos mares da Inglaterra, abrangendo uma vasta superfície de 30 mil quilómetros quadrados. A declaração será feita pelo ministro do Ambiente, Steve Reed, na conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, em Nice.

No seu artigo na publicação The Observer, Reed destacou os prejuízos significativos que a pesca de arrasto causa aos ecossistemas marinhos: "A pesca de arrasto destrói as zonas mais vulneráveis dos nossos oceanos [...]. O seu impacto é impressionante, causando danos incalculáveis aos fundos marinhos, que deveriam ser protegidos, e a toda a vida marinha."

Atualmente, a Inglaterra conta com 181 áreas marinhas protegidas, totalizando 93 mil quilómetros quadrados, o que representa 40% das suas águas. Com a nova iniciativa, a área em que a pesca de arrasto está proibida passaria dos atuais 18 mil quilómetros quadrados para 48 mil km².

Esta prática, alvo de críticas por parte de organizações não governamentais devido ao seu impacto ambiental devastador, será um dos tópicos centrais na conferência da ONU. A pesca de arrasto constitui cerca de um quarto do total da pesca selvagem global, segundo o Global Fishing Watch.

Situações semelhantes de restrições já foram implementadas em várias regiões do mundo, incluindo Estados Unidos, Austrália, Canadá e Brasil. A União Europeia, por sua vez, recentemente apresentou uma estratégia para reforçar a proteção dos oceanos, recomendando o fim desta prática até 2030 nas áreas protegidas.

Tags:
#ProtecçãoOceânica #PescaSustentável #ConferênciaONU