Governadores Democratas denunciam Trump por ativação da Guarda Nacional em Los Angeles

Os governadores de 22 estados dos EUA, todos eles da ala Democrata, expressaram hoje a sua indignação em relação à decisão do Presidente Donald Trump de mobilizar a Guarda Nacional da Califórnia. Esta ação, tomada de forma unilateral, visa conter os recentes confrontos em Los Angeles entre manifestantes e autoridades de imigração.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, foi o responsável pela divulgação de uma declaração que sublinha: "A mobilização da Guarda Nacional é um grave abuso de poder". Segundo ele, a ativação desta força militar pelo Governo federal, sem consulta aos governadores locais, diminui a eficácia das operações e representa um risco considerável para a segurança.

Os governadores reiteraram a importância de respeitar a autoridade dos líderes estaduais na gestão das suas guardas nacionais. A declaração também expressou apoio a Newsom, que afirmou que "a violência é inaceitável" e que as instituições locais devem operar sem interferências ou intimidações por parte do governo federal.

Numa resposta à situação, os membros da Guarda Nacional colidiram com manifestantes em Los Angeles, logo após a chegada de cerca de 300 soldados na cidade, a pedido de Trump. Gás lacrimogéneo foi utilizado contra os protestantes, que se aglomeravam em frente a um centro de detenção federal e expressavam o seu descontentamento.

Os protestos começaram no centro de Los Angeles na sexta-feira e rapidamente se espalharam para outras localidades, alimentados por uma série de rusgas da imigração que resultaram em mais de 100 detenções. Em resposta a esta escalada, Trump anunciou o envio de 2.000 soldados para a Califórnia, com o intuito de controlar a situação.

Gavin Newsom criticou a resposta de Trump como "completamente desproporcionada", argumentando que a mobilização das tropas tinha como objetivo criar um ambiente de intimidação e exibição de força, a par de ser a maior operação de deportações em massa em Los Angeles desde a chegada de Trump à presidência.

O governo federal estipulou uma meta de pelo menos 3.000 detenções diárias, intensificando assim a tensão nas comunidades locais.