Portugal destaca-se na UE por baixas emissões de gases com efeito de estufa

De acordo com uma recente análise da Pordata, que celebra o Dia Mundial do Ambiente, Portugal afirma-se como o terceiro estado membro da União Europeia (UE) com menores emissões de gases com efeito de estufa, com um valor 'per capita' de cinco toneladas de CO2 em 2023.

Os únicos países à frente de Portugal nesta lista são Malta e Suécia, com 4,1 e 4,2 toneladas, respetivamente. O relatório indica uma redução significativa nas emissões dos veículos, que passaram de 169 kg por quilómetro em 2000 para 90 g por quilómetro este ano.

Contudo, embora a evolução em termos de emissões de gases com efeito de estufa seja encorajadora, o relatório ressalta preocupações sobre as elevadas emissões de partículas finas, particularmente relacionadas com a indústria. Em 2022, foram emitidos 2,24 gramas de partículas finas por cada euro de riqueza gerada, com a indústria química e do papel como principais responsáveis.

Em termos de resíduos urbanos, Portugal regista um aumento alarmante, com a produção de 5,6 milhões de toneladas em 2023, o que equivale a uma média de 1,4 quilos por habitante. Aproximadamente 54% dos resíduos gerados terminam em aterros, uma situação que preocupa dados ambientais.

No que se refere ao aquecimento global, Pordata confirma um padrão de aumento da temperatura desde 2000, com a estação de Bragança a registar um acréscimo de quase 3ºC em relação a 1960. No Funchal, as variações nas temperaturas médias e mínimas também superam os 2ºC.

Portugal, que tem 17,5% do seu território coberto por arbustos e apenas 16,3% destinado à agricultura, é o 12.º país da UE com menor área terrestre protegida. No entanto, destaca-se na proteção de áreas marinhas, com a criação de novas zonas que farão o país ultrapassar os 200 mil quilómetros quadrados de áreas marítimas protegidas, representando cerca de 19% do mar.

Finalmente, a qualidade das águas nas praias portuguesas é em grande parte satisfatória, com a maioria das praias costeiras a apresentarem água de excelente qualidade, embora apenas 67% das praias fluviais e lacustres cumpram este critério.