Economia

Montenegro garante que investimento em Defesa não comprometerá serviços sociais

há 5 horas

O primeiro-ministro Luís Montenegro, durante visita à Alemanha, reafirmou que o aumento do investimento em Defesa não significará cortes nas áreas sociais.

Montenegro garante que investimento em Defesa não comprometerá serviços sociais

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou hoje na Alemanha que o aumento do investimento em Defesa, com o objetivo de atingir os 2% do PIB, não resultará em ajustes orçamentais nem afetará os serviços sociais. "Quero deixar claro que isso não implica nenhum orçamento retificativo. Vamos avançar de acordo com as disponibilidades do Ministério das Finanças e estamos empenhados em incluir esta linha no próximo Orçamento do Estado", afirmou.

Montenegro, que falou à imprensa à margem de um encontro com a comunidade portuguesa em Estugarda, acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa cerimónia que celebrou o Dia de Portugal, antes de ambos assistirem à final da Liga das Nações, que coloca frente a frente as seleções de Portugal e Espanha.

Durante o discurso de tomada de posse, Montenegro já tinha mencionado a possibilidade de antecipar o alcance da meta de 2% de investimento em Defesa, sublinhando que o seu Governo não irá desinvestir nos serviços sociais, garantindo que "não comprometeremos o equilíbrio das contas públicas".

"A nossa gestão financeira procurará equilibrar todos os interesses", acrescentou.

Em resposta às recentes previsões do Banco de Portugal, que cortou a estimativa de crescimento da economia nacional, o primeiro-ministro defendeu que "a situação económica de Portugal é sólida e equilibrada", ainda que reconheçamos a existência de grandes desafios. "A Alemanha, que é o motor da Europa, enfrenta uma contração económica, mas acreditamos que se recuperará, permitindo um ciclo de crescimento que beneficie toda a União Europeia", continuou.

Montenegro afirmou que Portugal deve agir em conformidade com a sua responsabilidade e aproveitar todas as oportunidades, salientando que "ao criar mais riqueza, podemos inverter algumas previsões mais negativas".

O primeiro-ministro recordou que, em anos anteriores, o Banco de Portugal foi mais otimista que o Governo, e, ao final do ano, os resultados superaram as expectativas de todas as entidades. "Fomos o país da OCDE com maior aumento de rendimento líquido para os trabalhadores", sublinhou.

Concluindo, Montenegro reconheceu que, embora não sejamos imunes às incertezas globais, é essencial manter um espírito optimista e realista.

Ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa notou que o "condicionalismo externo" tem um forte impacto na economia, citando a nova administração norte-americana e suas consequências, como a imprevisibilidade na política comercial. "A incerteza que se instalou tem exigido um esforço redobrado dos governos europeus", sublinhou.

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