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Moção de confiança do Governo polaco agendada para 11 de junho

há 2 dias

O primeiro-ministro Donald Tusk anunciou que o parlamento polaco avaliará uma moção de confiança no dia 11 de junho, após a recente vitória do opositor nacionalista Karol Nawrocki nas eleições presidenciais.

Moção de confiança do Governo polaco agendada para 11 de junho

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, confirmou que solicitará uma moção de confiança ao seu Governo no dia 11 de junho. Esta decisão surge na sequência da vitória do candidato nacionalista Karol Nawrocki, apoiado pelo partido da oposição, nas eleições presidenciais.

Durante um discurso televisionado, Tusk afirmou: "O primeiro teste para o Governo será um voto de confiança que pedirei em breve à câmara baixa." Sem detalhar a data inicialmente, mais tarde revelou que a votação ocorrerá no dia 11.

O primeiro-ministro expressou determinação: "Não vou parar nem por um momento, como primeiro-ministro, no meu trabalho e na nossa luta comum pela Polónia dos nossos sonhos: livre, soberana, segura e próspera." Tusk enfatizou a esperança de colaborar com o recém-eleito Presidente.

Ele destacou a nova realidade política face à eleição do novo Presidente, mas lembrou que as obrigações constitucionais e as expectativas dos cidadãos permanecem. "Na Polónia, o Governo governa, o que é uma grande obrigação e honra.", sublinhou.

O chefe de Estado na Polónia, que tem um mandato de cinco anos, possui um papel significativo na política externa e de defesa, além de ter poder de veto legislativo. Várias reformas propostas por Tusk, que lidera o país desde 2023, encontraram obstáculo nas suas negociações com o Presidente cessante, Andrzej Duda.

Nos resultados oficiais publicados recentemente, Nawrocki conquistou 50,89% dos votos, superando o candidato pró-europeu Rafal Trzaskowski, que obteve 49,11% na segunda volta das eleições. Esta votação acentuou a polarização política na Polónia, membro da NATO e da União Europeia.

A ascensão de Nawrocki desafia a abordagem pró-europeia e o apoio à Ucrânia promovidos pelo atual Governo, dirigido por um ex-presidente do Conselho Europeu. Jaroslaw Kaczynski, líder do PiS, considerou este resultado "um cartão vermelho" para o governo de Tusk e propôs a formação de um "governo apolítico e técnico" de especialistas, enquanto as próximas eleições legislativas estão previstas para 2027.

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