Moçambique projeta um crescimento de 23% na produção de castanha de caju

Segundo informações divulgadas hoje pela Lusa, o Governo de Moçambique prevê que a produção de castanha de caju, vital para a economia nacional, cresça 23% neste ano, atingindo um total de 218.900 toneladas. Este aumento está associado a um alargamento da área cultivada, que deverá crescer 26% na atual campanha agrícola, alcançando 64.000 hectares em comparação com os 50.600 hectares do ano anterior (2023/2024), quando foram colhidas 177.650 toneladas de castanha de caju.

Para potenciar esta atividade, que sustenta milhares de famílias em todo o país, o Governo planeia a produção e distribuição de 6.674.660 mudas de cajueiros, investindo 90 milhões de meticais (cerca de 1,3 milhão de euros). Além disso, está prevista a realização de um tratamento químico a 9.270.000 cajueiros para combater pragas e doenças.

Os resultados das exportações de castanha de caju de Moçambique já tinham registado um aumento significativo de 71% em 2024, alcançando um valor recorde de 98,2 milhões de dólares (87,3 milhões de euros), conforme indicado por um relatório do Banco de Moçambique que analisa as exportações.

No ano anterior, 2023, as exportações subiram para 57,3 milhões de dólares (50,9 milhões de euros), e em 2022 foram de 51,7 milhões de dólares (45,9 milhões de euros), enquanto em 2021 este montante foi apenas de 30 milhões de dólares (26,6 milhões de euros).

De acordo com o relatório orçamental de 2024 do Ministério das Finanças, foram produzidas em 2023 cerca de 4,8 milhões de mudas de cajueiro e distribuídas cerca de 4,4 milhões, mas com uma queda de 8% e 5%, respetivamente.

As mudas distribuídas beneficiaram aproximadamente 65.303 famílias de produtores, com 16.175 a serem chefiadas por mulheres. As plantas foram colocadas numa área de cerca de 87.056 hectares, apresentando uma taxa de sobrevivência de 89%.