CAP exige ações concretas do novo Governo para o setor agrícola

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Álvaro Mendonça e Moura, expressou hoje uma clara exigência ao novo Governo liderado por Luís Montenegro, assinalando que o tempo das intenções já terminou. Segundo Mendonça e Moura, é crucial que se passe à fase da execução imediata das medidas anunciadas.

O líder da CAP destacou que, ao manter a maior parte dos ministros em suas pastas, o primeiro-ministro revelou estar atento ao clamor dos portugueses pela ação. É vital que se ponham em prática iniciativas, como a estratégia “Água que Une”, que visa criar uma rede nacional de gestão hídrica.

A confederação também sublinha a necessidade de uma defesa eficaz de um orçamento autónomo para a nova reforma da Política Agrícola Comum (PAC), priorizando recursos adequados e a simplificação de processos, em sintonia com as realidades nacionais.

Outro aspecto crítico é a aceleração da execução de fundos europeus, sendo necessário resolver a crescente disfuncionalidade nos órgãos do Ministério da Agricultura. Mendonça e Moura acredita que o novo Governo tem as condições certas para utilizar plenamente o potencial dos setores agrícola e florestal, reiterando que “o tempo das intenções expirou” na anterior administração. “É hora de agir. Já não basta fazer diagnósticos ou lançar anúncios”, concluiu.

O novo Governo de Luís Montenegro contará com 16 ministérios, mantendo 13 ministros da anterior administração, enquanto novos nomes como Maria Lúcia Amaral e Gonçalo Matias juntam-se à equipa. As alterações estruturais incluem a criação do Ministério da Reforma do Estado e a combinação de várias pastas, como a Economia com a Coesão Territorial.

A cerimónia de posse do XXV Governo Constitucional está agendada para hoje às 18h00, marcando assim um dos processos mais céleres de formação governamental desde o início do mandato do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.