Economia

CGTP alerta para um futuro repleto de incertezas para os trabalhadores

há 15 horas

O líder da CGTP-IN destacou hoje a iminência de "anos de incerteza e dificuldades" sob o novo Governo, onde as políticas continuarão a favorecer as empresas em detrimento dos trabalhadores.

CGTP alerta para um futuro repleto de incertezas para os trabalhadores

O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, expressou a sua preocupação com o futuro dos trabalhadores em declarações à Lusa, afirmando que "aquilo que se avizinha são momentos de muita incerteza, anos e meses repletos de desafios". Segundo ele, as escolhas do novo Governo estarão centradas em "servir os interesses das empresas" em vez de proteger os direitos dos trabalhadores.

"Os trabalhadores que estão em casa devem perguntar-se quando ouviram este Governo responsabilizar as empresas pela existência de baixos salários, pela precariedade laboral, ou pela desregulação total dos horários de trabalho", enfatizou Oliveira em frente à Preh Portugal, na Trofa, onde os trabalhadores se encontram em greve.

Tiago Oliveira contestou a falta de resposta das autoridades às reivindicações dos trabalhadores, sublinhando que sempre que estes pedem melhorias, a prioridade é aumentar a produtividade. "Quando lutamos por vínculos laborais estáveis, a resposta é sempre atender às necessidades das empresas antes de considerar as dos trabalhadores", afirmou.

O líder sindical alertou que as empresas são constantemente priorizadas, enquanto os direitos dos trabalhadores são sistematicamente ignorados. "Um país desenvolvido coloca os trabalhadores em primeiro lugar. Nos últimos 15 ou 20 anos, os trabalhadores têm sido informados de que devem apertar o cinto para que seus salários possam ser valorizados futuramente." Portanto, a retórica de que o capital e os governos estão a trabalhar em nome do bem-estar é uma ilusão, segundo ele, enfatizando que "os salários continuam baixos e o custo de vida aumenta continuamente".

Relativamente à criação de um novo Ministério da Reforma do Estado, Oliveira considerou importante entender o contexto e os objetivos, mas sublinhou que as políticas não mudam pelo simples ato de mudar os protagonistas, mas sim pelas ideias que sustentam as direções políticas.

Ele ainda afirmou que a prática política do PSD e CDS tem sido marcada pela degradação das condições de vida dos trabalhadores. Para o novo Governo liderado por Luís Montenegro, com 16 ministérios e 13 ministros mantidos do governo anterior, as mudanças na administração podem não trazer as inovações necessárias para sanar as preocupações dos trabalhadores.

Entre as alterações, Maria Lúcia Amaral assume a pasta da Administração Interna, enquanto Gonçalo Matias e Carlos Abreu Amorim também têm novas funções na estrutura governamental, após a saída de Pedro Duarte, Margarida Blasco, Pedro Reis e Dalila Rodrigues.

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