Mike Johnson descarta críticas de Musk sobre proposta orçamental

O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, de orientação Republicana, reafirmou a sua posição sobre a proposta orçamental da administração de Donald Trump, considerando que as críticas de Elon Musk não terão repercussão significativa no Congresso.

Em entrevista ao programa "This Week" da ABC, Johnson sublinhou que a proposta financeira está focada no apoio aos trabalhadores americanos e não na satisfação do "homem mais rico do mundo". "Estamos empenhados em ajudar as famílias a sobreviver", afirmou o responsável, que admitiu ter trocado mensagens com Musk após o seu descontentamento com o projeto apresentado pelo Partido Republicano.

A proposta orçamental, aprovada na Câmara dos Representantes no final de maio, segue agora para o Senado, onde os Republicanos já preveem efetuar alterações substanciais. Johnson mencionou que Musk ainda acredita que as políticas Republicanas serão benéficas para a economia dos EUA e para os sectores em que investe, como a inovação e o empreendedorismo.

Contudo, o líder da Câmara dos Representantes contestou a avaliação da entidade orçamental do Congresso, que apontou que a proposta resultaria em 10,9 milhões de pessoas sem seguro de saúde e um aumento significativo do défice público na próxima década.

Johnson defendeu que os cortes de impostos e a redução de gastos impulsionarão o crescimento económico, contribuindo simultaneamente para a diminuição do défice. Por outro lado, Musk criticou os altos custos do projeto orçamental, que, segundo ele, prejudicariam os seus esforços em reduzir o desperdício de financiamento federal, durante o seu tempo à frente do Departamento de Eficiência Governamental.

A relação entre Musk e Trump sofreu um abalo após as declarações do empresário contra a proposta orçamental. A troca de farpas entre ambos tem sido particularmente intensa nas redes sociais, onde Trump ameaçou reconsiderar os contratos governamentais com Musk, este lembrando que a vitória de Trump nas eleições presidenciais de 2024 deve-se em parte ao seu suporte.