O candidato de centro-esquerda Lee Jae-myung venceu as eleições presidenciais na Coreia do Sul, conquistando 49,2% dos votos, enquanto o conservador Kim Moon-soo reconheceu a derrota.
As eleições presidenciais na Coreia do Sul terminaram com a vitória clara de Lee Jae-myung, o candidato de centro-esquerda, que obteve 49,2% dos votos, enquanto o seu adversário conservador, Kim Moon-soo, ficou-se pelos 41,5%. Os dados oficiais foram divulgados pela Comissão Eleitoral sul-coreana após a contagem de mais de 98% dos boletins.
Kim Moon-soo, em uma conferência de imprensa em Seul, expressou a sua aceitação da escolha do eleitorado: “Aceito humildemente a escolha do povo. Parabéns ao candidato eleito, Lee Jae-myung”.
Lee conquistou a presidência em um ambiente eleitoral marcado por uma afluência recorde, com 79,4% dos cidadãos a comparecerem às urnas, o número mais elevado em quase três décadas. Esta eleição surge após meses de tumulto político, que incluem a controversa e breve imposição da lei marcial pelo anterior presidente, Yoon Suk-yeol.
O novo líder, que tomará posse na próxima quarta-feira, garantiu que se esforçará para não desapontar as esperanças da população e apelou à união num país profundamente dividido. “Podemos ter tido opiniões e posições diferentes, mas agora somos todos parte da mesma nação”, desabafou Lee, um ex-operário de fábrica de 60 anos, para uma multidão entusiasta.
A segurança do candidato foi uma preocupação crescente, especialmente após o ataque violento que sofreu no ano passado, quando foi esfaqueado durante um evento público. Apesar dos vários processos judiciais pendentes a seu respeito, incluindo acusações de corrupção, a sua popularidade não foi afetada.
Lee também se comprometiu a estabelecer um diálogo construtivo com a Coreia do Norte, um país com o qual as relações se deterioraram durante a administração de Yoon Suk-yeol. “Nunca mais as armas serão usadas para intimidar o povo”, afirmou Lee, endereçando uma mensagem de esperança e paz a todos os sul-coreanos enquanto se aproxima o novo capítulo da sua presidência.