O candidato da oposição, Lee Jae-myung, é projetado como o novo presidente da Coreia do Sul com 51,7% dos votos, após um período de instabilidade política.
A última contagem de votos apontou Lee Jae-myung, do Partido Democrata, como o vencedor das eleições presidenciais na Coreia do Sul, com uma impressionante percentagem de 51,7% dos sufrágios. O seu principal opositor, Kim Moon-soo, do Partido do Poder Popular (direita), arrecadou 39,3% dos votos, conforme as projeções das três principais redes de televisão sul-coreanas.
Embora a Comissão Eleitoral Nacional ainda não tenha oficializado os resultados, este novo triunfo político poderá ser a chave para restaurar a liderança e a estabilidade no país, que tem enfrentado uma profunda crise nos últimos seis meses, decorrente da administração do ex-presidente Yoon Suk Yeol.
Em dezembro, Yoon provocou alvoroço ao declarar a lei marcial e mobilizar o exército para tentar controlar um parlamento dominado pela oposição, ação que foi rapidamente frustrada por um número suficiente de deputados que se opuseram à sua estratégia, caracterizada por muitos como um golpe de força.
Desde então, a Coreia do Sul tem assistido a uma crise de longa duração marcada por protestos em massa, a detenção e destituição de Yoon Suk Yeol e uma sucessão de presidentes interinos, além de várias reviravoltas no cenário judicial.
Com a validação dos resultados prevista para quarta-feira de manhã, Lee Jae-myung, um ex-operário de 61 anos, deverá enfrentar a pressão da Coreia do Norte, uma vizinha imprevisível, ao mesmo tempo que navega entre o gigante comercial China e o seu aliado histórico, os Estados Unidos.
Além dos desafios internacionais, Lee terá que lidar com questões internas urgentes, como a alarmante taxa de natalidade e o crescente custo de vida que afetam o seu país.