O ex-ministro declara a sua intenção de liderar o Partido Socialista e defende a necessidade de um novo ciclo político com foco na inclusão e diálogo.
José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna, fará a apresentação da sua candidatura a secretário-geral do Partido Socialista (PS) neste sábado, às 17h30, na sede do partido em Lisboa. Esta será a segunda vez que Carneiro se candidata, depois de ter sido derrotado nas eleições internas por Pedro Nuno Santos, há cerca de um ano e meio.
Até agora, Carneiro é o único candidato oficialmente anunciado, embora outros nomes, como Fernando Medina, Duarte Cordeiro, Mariana Vieira da Silva e Miguel Prata Roque, tenham sido cogitados para a liderança do PS. As eleições interinas do partido estão agendadas para os dias 27 e 28 de junho.
Na sua declaração à agência Lusa, Carneiro destacou a importância de promover uma reflexão profunda entre os militantes, sublinhando que o PS deve abrir um novo ciclo que honre a sua história, incentivando a inclusão, a coesão e a unidade do partido, face à sua diversidade. Ele reafirmou a sua disponibilidade para servir o PS e o país em tempos de instabilidade política.
Carneiro apelou à necessidade de o PS assumir uma responsabilidade fundamental perante o país, reiterando a importância de continuar a ser um pilar de esperança. Entre os pontos centrais da sua moção, destaca-se a proposta de repensar a relação do PS com a sociedade e a promoção de consensos democráticos em áreas como a reforma eleitoral.
Sobre questões políticas difíceis, como a averiguação da empresa Spinumviva, Carneiro afirmou que é fundamental que a justiça clarifique a situação. Ele defendeu a importância das comissões de inquérito enquanto mecanismo de escrutínio da ação do governo, deixando o assunto nas mãos da Procuradoria-Geral da República.
Quanto à candidatura de António José Seguro às eleições presidenciais de 2026, Carneiro disse que essa decisão deve ser vista como um ato de coragem e cidadania, enfatizando que não possui legitimidade para comentar. Sobretudo, chegou a hora de os militantes socialistas refletirem e dialogarem sobre o futuro do partido e suas posições políticas.