O Irão manifestou a sua indignação após os EUA terem vetado uma resolução da ONU pedindo um cessar-fogo em Gaza e acesso humanitário, acusando Washington de conivência com os crimes israelitas.
O Irão expressou hoje a sua forte desaprovação em relação ao veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que solicitava um cessar-fogo imediato e a assistência humanitária em Gaza, onde vigora um conflito entre Israel e o Hamas.
De acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, este veto ilustra a "cumplicidade dos Estados Unidos nos crimes do regime sionista [referindo-se a Israel]", sublinhando que a decisão foi "veementemente" condenada.
A resolução em questão, que recebeu 14 votos a favor e apenas um contra, exigia um "cessar-fogo imediato, incondicional e permanente" e a libertação dos reféns capturados durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Este ataque marcou o início do atual conflito em Gaza.
Baqaei criticou a posição dos EUA, considerando-a "não apenas uma afronta à vontade da comunidade internacional, mas também um sinal do declínio moral dos líderes norte-americanos". O porta-voz afirmou que esta ação comprova a conivência de Washington nos "massacres" perpetrados contra os palestinianos em Gaza.
Desde a Revolução Islâmica em 1979, o Irão não reconhece Israel, a quem descreve como um "regime sionista", e posicionou o apoio à causa palestiniana como um elemento central da sua política externa.
Importa recordar que as relações diplomáticas entre Teerão e Washington estão cortadas há mais de quarenta anos.