Kseniia Petrova, cientista russa detida por agentes de imigração devido a alegações de contrabando de embriões de sapo, foi libertada após decisão judicial. A sua pesquisa é elogiada pela comunidade científica.
Hoje, uma juíza federal decidiu libertar Kseniia Petrova, uma investigadora da Universidade de Harvard, que havia sido detida por agentes de imigração norte-americanos sob a acusação de contrabando de embriões de sapo.
Vários colegas e académicos prestaram testemunho em favor de Petrova, demonstrando que a sua investigação é da mais alta relevância, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de curas para o cancro. O renomado cientista e empresário da biotecnologia, Michael West, reconheceu a qualidade do trabalho de Petrova, afirmando que as suas publicações científicas oferecem insights importantes sobre intervenções na biologia da regeneração e do envelhecimento.
A juíza Christina Reiss concluiu que as ações dos agentes de imigração foram ilegais e que os materiais em questão não representavam qualquer risco. O advogado de Petrova, Gregory Romanovsky, enfatizou que ela não constituía uma ameaça à comunidade e não deveria estar sob custódia de imigração. Ele também pediu que se impedisse a detenção futura da cientista.
Petrova, de 30 anos, encontrava-se em férias em França antes de ser detida ao voltar ao Aeroporto Internacional Logan, em Boston. Num controlo de segurança, foi questionada sobre amostras que trouxe para investigação, alegando desconhecimento sobre a necessidade de declarações. Depois de um interrogatório, o seu visto foi cancelado.
O Departamento de Segurança Interna informou que a detenção surgiu após suspeitas de que Petrova havia mentido a agentes sobre o transporte das amostras. No entanto, a advogada da cientista refutou essas alegações, assegurando que não havia fundamentos legais para a detenção.
A universidade de Harvard pronunciou-se, afirmando que está a acompanhar de perto a situação de Petrova.