Economia

FMI ajusta expectativa de crescimento da economia brasileira para 2,3%

há 1 dia

O FMI revisou a projeção de crescimento da economia do Brasil para 2,3% em 2025, destacando desafios fiscais e incertezas políticas globais.

FMI ajusta expectativa de crescimento da economia brasileira para 2,3%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que elevou a sua previsão de crescimento da economia brasileira de 2% para 2,3% em 2025. Este ajuste foi feito através de um comunicado que sublinha também preocupações em relação à situação fiscal do país.

Segundo as análises preliminares dos especialistas do FMI, apesar do aumento na expectativa de crescimento, a economia do Brasil deverá experimentar uma "moderação" no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A equipa do FMI apontou que, após um crescimento robusto de 3,4% em 2024, espera-se uma desaceleração para 2,3% em 2025, influenciada por condições monetárias e financeiras apertadas, diminuição do suporte fiscal e uma crescente incerteza política no cenário global.

Ainda assim, a médio prazo, as projeções indicam uma recuperação do crescimento para 2,5%, impulsionada pela normalização da política monetária e por fatores estruturais positivos, como a implementação da reforma do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e a aceleração na produção de hidrocarbonetos.

Os peritos do FMI argumentaram que a adoção de reformas estruturais adicionais e investimentos em um plano de transição energética poderiam melhorar as perspetivas de crescimento do Brasil a médio prazo, embora advertissem que existem riscos significativos que podem impactar negativamente essas expectativas, dada a incerteza política mundial atual.

Em relação à inflação, a previsão é de que esta alcance 5,2% até ao final de 2025, antes de convergir gradualmente para a meta de 3% até ao final de 2027. O relatório ressalta que as expectativas de inflação a curto e médio prazo acima da meta de 3%, juntamente com um hiato do produto crescente, justificaram os aumentos das taxas de juro, que atualmente se situam em 14,75% ao ano.

O FMI reconheceu os esforços do Brasil para melhorar a sua posição fiscal, mas sublinhou a necessidade de planos mais sustentáveis e ambiciosos, visando uma redução eficaz da dívida pública. A eliminação gradual de gastos tributários ineficientes, o aperfeiçoamento da administração da receita e o enfrentamento da rigidez orçamentária poderiam criar espaço para investimentos prioritários, assegurar a sustentabilidade da dívida e facilitar uma redução mais acentuada das taxas de juro.

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