O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel expressou gratidão aos EUA pelo veto a uma resolução da ONU que visava facilitar a ajuda humanitária em Gaza.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, agradeceu ao presidente dos Estados Unidos e à sua administração pelo veto a uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pretendia facilitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Na sua conta na rede social X, Saar afirmou que “a resolução proposta só fortalece o Hamas e diminui os esforços norte-americanos para alcançar um acordo relativo aos reféns”.
Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que o veto enviado pelo seu país foi uma “mensagem forte” e caracterizou a proposta de resolução como “contraproducente”.
Rubio reafirmou: “Não apoiaremos qualquer iniciativa que não condene a atuação do Hamas, que não exija o seu desarmamento e a saída de Gaza, que equipare falsamente Israel ao Hamas ou que ignore o direito de Israel de se defender”.
Na quarta-feira, os Estados Unidos realizaram o seu quinto veto desde que começou o conflito em Gaza, a 7 de outubro de 2023, impedindo a aprovação da resolução apresentada pelos 10 membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Os outros 14 membros do Conselho, incluindo nações tradicionais aliadas de Israel, como França e Reino Unido, apoiaram a resolução que continha três pedidos principais: um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a facilitação de ajuda humanitária a uma Faixa de Gaza que enfrenta uma crise sem precedentes.
O veto surge num momento crítico, em que a situação humanitária em Gaza se agrava devido à intensificação das operações militares israelitas e à proibição da entrada de ajuda ao enclave, resultando em milhares de vítimas, destruição de infraestruturas e um deslocamento em massa, além do risco iminente de fome a afetar quase toda a população.