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EUA aconselham cidadãos a sair da Venezuela devido a riscos elevados

há 21 horas

O governo dos EUA alertou os norte-americanos a evitar a Venezuela e a abandonar o país rapidamente, citando um alto risco de detenções arbitrárias e outras ameaças graves.

EUA aconselham cidadãos a sair da Venezuela devido a riscos elevados

O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu hoje um alerta severo para os seus cidadãos, recomendando que evitem viagens à Venezuela e que aqueles que se encontram no país deixem-no imediatamente. Este aviso, classificado como nível 4 - o mais crítico - foi motivado pelo "risco elevado de detenções injustas, tortura durante a detenção, terrorismo, sequestro, práticas policiais arbitrárias, crimes violentos, distúrbios civis e falhas nos cuidados de saúde".

A nota oficial destaca que, neste momento, a Venezuela é o país onde ocorrem mais detenções injustas de cidadãos norte-americanos, e as autoridades locais não comunicam a Washington quando um cidadão dos EUA é preso.

O governo enfatiza que a ausência de uma embaixada ou consulado norte-americano na Venezuela impede a oferta de assistência consular aos seus cidadãos. Assim, a recomendação de não viajar para a Venezuela "por qualquer motivo" é reafirmada, e os cidadãos que puderem estar lá são instados a sair imediatamente.

A mensagem adverte ainda que, mesmo com dupla cidadania, vistos ou experiências anteriores no país, não há garantias de proteção para os cidadãos dos EUA.

Este alerta surge após as recentes eleições legislativas e regionais, onde o regime do Presidente Nicolás Maduro conquistou 256 dos 285 lugares parlamentares, beneficiando-se do boicote da oposição. O partido de Maduro também venceu 23 dos 24 postos de governador, conforme anunciado por Jorge Rodriguez.

A oposição, liderada por Maria Corina Machado, já tinha apelado ao boicote das eleições, denunciando-as como uma farsa e sugerindo que uma baixa participação eleitoral seria um protesto silencioso contra a reeleição de Maduro em julho passado.

Com essas vitórias, Maduro solidifica o seu controlo sobre as instituições, cerca de dez meses após uma reeleição contestada, marcada por protestos e detenções em massa.

Além disso, as eleições de domingo foram acompanhadas pela detenção de cerca de 70 indivíduos, incluindo Juan Pablo Guanipa, da oposição, por supostamente tentar desestabilizar o processo eleitoral.

A segurança foi intensificada, com mais de 400.000 membros das forças de segurança designados para o evento, mostrando a presença de polícia armada e encapuzada.

Agora, Maduro considera avançar com uma reformulação da Constituição, um tema que tem sido frequentemente abordado nos últimos meses, embora pouco se saiba sobre os detalhes.

Após os resultados, Maduro declarou: "Hoje demonstrámos o poder do chavismo! Esta vitória é a vitória da paz e da estabilidade". Maria Corina Machado, que se encontra na clandestinidade, reiterou o seu apelo ao exército para que intervenha contra um governo que considera ilegítimo.

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