Dinamarca assume presidência da UE em tempos de grandes desafios

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, enfatizou esta terça-feira os "desafios históricos" que a União Europeia se depara, nomeadamente nas áreas ambiental, energética e migratória, à medida que o seu país se prepara para assumir a presidência do Conselho da UE a partir de 1 de julho.

"Vamos liderar a UE após a Polónia, num momento realmente crucial para a Europa. Todos são conscientes de que o nosso continente enfrenta uma série de dificuldades: a guerra, a transformação das dinâmicas geopolíticas, a migração em massa e as mudanças climáticas, assim como a competição internacional", mencionou Frederiksen durante uma conferência de imprensa.

A poucos dias da transição, a líder dinamarquesa referiu que “a última década demonstrou que a União Europeia é capaz de se unir e agir coletivamente em momentos críticos, como evidenciado na resposta à pandemia, à crise energética e à guerra da Rússia contra a Ucrânia”.

Mette Frederiksen expressou a sua convicção de que, durante a sua presidência, a Dinamarca irá "acelerar processos para que decisões sejam concretizadas em ações", abordando assim os "desafios comuns que resultam da migração, dos elevados custos energéticos e, acima de tudo, do apoio reforçado à Ucrânia".

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, sublinhou que "esta presidência não poderia ocorrer em um momento mais crítico para a Europa".

"Nos próximos seis meses, contaremos com a liderança da Dinamarca, e valorizo muito a vossa atenção na segurança, competitividade e defesa da democracia", afirmou Metsola.

Após a Polónia, a Dinamarca tomará a presidência rotativa do Conselho da UE de julho a dezembro de 2025, a qual será sucedida pelo Chipre nos primeiros seis meses de 2026.