Política

Chega solicita esclarecimentos ao Banco de Portugal sobre previsões económicas

há 18 horas

O líder do Chega, André Ventura, anunciou no Parlamento a intenção de ouvir o governador do Banco de Portugal sobre previsões económicas pós-eleitorais que, segundo ele, favorecem o Governo.

Chega solicita esclarecimentos ao Banco de Portugal sobre previsões económicas

André Ventura, presidente do Chega, revelou hoje que solicitará a presença do governador do Banco de Portugal (BdP) na Assembleia da República, após expor as suas preocupações sobre a divulgação tardia das previsões económicas. Durante uma conferência de imprensa em Lisboa, Ventura expressou o seu desagrado pelo facto de o BdP ter revisto em baixa a previsão de crescimento da economia, reduzindo-a de 2,3% para 1,6%, apenas alguns dias após as recentes eleições.

O líder do Chega criticou o BdP por, alegadamente, ter tentado "esconder a realidade dos portugueses durante a campanha eleitoral", considerando que tais informações eram cruciais para a decisão dos cidadãos. "As nossas propostas e debates foram baseados em projeções que não se confirmaram", sublinhou Ventura, questionando a independência da instituição. "Se não forem capazes de manter essa independência, será necessário rever o seu funcionamento."

Ventura insinuou que o BdP poderia estar a "fazer um favor ao Governo", afirmando que a atitude do governador, um ex-ministro do PS, se assemelha a uma conivência com o sistema político. "PS e PSD são a mesma coisa e o que está em causa é uma fraude", acusou.

O presidente do Chega manifestou ainda a intenção de questionar o Governo sobre as discrepâncias nas previsões económicas, uma vez que a proposta orçamental para 2025 previa um crescimento de 2,1%, que foi alterada para 2,4% num relatório entregue a Bruxelas. "Não se pode implementar políticas sem dados coerentes e confiáveis sobre o crescimento da economia", enfatizou Ventura, lembrando que o país precisa urgentemente de um crescimento sustentável.

Além disso, o BdP prevê um retorno aos défices orçamentais já este ano, com a previsão do déficit de 2026 a agravar-se para 1,3% do PIB, uma situação que também será objeto de análise pelo Chega.

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