Marco Martins renuncia à liderança do PS em Gondomar

Na passada sexta-feira, Marco Martins, ex-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, fez chegar ao líder nacional do Partido Socialista, Carlos César, a sua renúncia à presidência da concelhia local. Este movimento é revelado numa carta enviada aos militantes, a que a Lusa teve acesso.

Martins, que tomou posse a 1 de fevereiro como diretor da empresa Transportes Metropolitanos do Porto, mencionou no seu comunicado que tudo fez durante o seu último mandato para assegurar a continuidade do PS à frente da câmara. Salientou o apoio que deu ao candidato socialista que procurou a sua sucessão, que recebeu um forte apoio da comissão política.

Na carta, o ex-autarca refere que se disponibilizou, a pedido do atual presidente da câmara, Luís Filipe Araújo, e de muitos militantes, para liderar a lista à Assembleia Municipal, com o intuito de proporcionar maior apoio ao PS. Contudo, a sua oferta foi rejeitada pelo atual líder autárquico, que afirmou não necessitar do seu respaldo.

Martins expressou na sua missiva o sentimento de ser alvo de "desrespeito, desconsideração e ostracização", preocupando-se com a tentativa de apagar a sua contribuição para o Partido Socialista e para a Câmara de Gondomar. Criticou ainda a postura do seu sucessor, que manifestou mudanças na dinâmica de trabalho, levando à marginalização de pessoas e à interrupção de projetos em andamento. O ex-presidente sustenta que "o clima de medo" impera na autarquia.

Com a intenção de resolver as situações de conflito, Martins tentou estabelecer diálogo, mas alegou que as suas tentativas foram sistematicamente rejeitadas. Notou também que comunicou estas questões aos órgãos nacionais do Partido Socialista, incluindo o secretário-geral e o presidente da distrital do Porto, pedindo intervenções que foram desvalorizadas.

Após ter esgotado todas as alternativas, Marco Martins decidiu formalizar a sua demissão da presidência da concelhia do PS em Gondomar, com efeitos imediatos.