O partido Chega vai propor novos candidatos para vice-presidências da AR, após os deputados Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo não terem sido eleitos, conforme declarado pelo líder André Ventura.
O Chega está a preparar a apresentação de novas candidaturas para os cargos de vice-presidente e vice-secretário da Assembleia da República, seguindo a não eleição dos seus deputados Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo. A informação foi divulgada pelo presidente do partido, André Ventura, no final da sessão plenária de hoje, onde foram anunciadas as votações para os vários cargos na Mesa da AR.
André Ventura esclareceu que irá reunir com o grupo parlamentar antes de propor os novos nomes, embora não tenha revelado se os mesmos candidatos que falharam a eleição serão novamente indicados. O grupo parlamentar do Chega tinha uma reunião agendada para a próxima quarta-feira.
O líder do Chega expressou a sua decepção pela falha na eleição de Diogo Pacheco de Amorim, que ficou a um voto de ser eleito vice-presidente, e Filipe Melo, que precisava de mais três votos. Ventura ressaltou que, no novo cenário parlamentar, o partido optou por promover a estabilidade, esperando que houvesse um entendimento entre as principais forças políticas.
Após a votação, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, confirmou que havia quórum suficiente para o funcionamento do parlamento e que a repetição das eleições para os cargos em aberto deverá ocorrer na próxima sessão, após a discussão do Programa de Governo.
O líder do PSD, Hugo Soares, revelou que teve uma conversa com Ventura, expressando a disposição do PSD para repetir a votação, caso essa fosse a intenção do Chega.
André Ventura criticou duramente o processo, descrevendo-o como uma traição e uma tentativa de isolamento do segundo maior partido no parlamento. Diogo Pacheco de Amorim obteve 115 votos a favor e 115 brancos, enquanto Filipe Melo recebeu 113 votos favoráveis e 117 brancos. O único candidato do Chega a ser eleito foi Gabriel Mithá Ribeiro, que foi reconduzido como secretário, com 131 votos a favor.
Os três deputados já tinham ocupado funções na legislatura anterior.