O Banco Mundial destinou 24 milhões de dólares para a construção de mil casas para famílias vulneráveis em Nampula e Cabo Delgado, visando uma habitação resiliente e sustentável.
O Banco Mundial anunciou a alocação de 24 milhões de dólares (equivalente a 21 milhões de euros) para a reconstrução de mil casas destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade, situadas nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, conforme revelou uma fonte oficial.
Durante uma conferência de imprensa realizada na cidade de Nampula, Salomão Cossa, representante do Projeto de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique (PDUNM), que lidera esta estratégia, explicou que a iniciativa visa a melhoria das condições habitacionais, proporcionando apoio necessário para que as populações integrem casas resistentes às alterações climáticas.
"Este projeto inclui a distribuição de materiais de construção, formação da mão-de-obra local e assistência técnica direta nas obras, garantindo sempre que sejam seguidos padrões de construção resiliente", detalhou Cossa.
Os beneficiários do programa, disse, "são indivíduos vulneráveis que residem nos bairros abrangidos pela iniciativa. Assim, será estabelecido um comité de seleção em cada local para identificar as pessoas que realmente necessitam de uma melhoria nas suas habitações".
Este esforço é coordenado pelo Fundo para o Fomento de Habitação, que conta com um financiamento total de 140 milhões de dólares do Banco Mundial, dos quais 24 milhões serão especificamente aplicados na melhoria das habitações.
Na fase inicial, em Nampula, o projeto denominado "Melhoria Habitacional" contemplará famílias de dois municípios: Nampula, especificamente nos bairros de Muatala e Muahiviri, e Nacala-Porto, nas áreas de Ontupaia e Mathapue.
Previsto para terminar em 2028, o projeto, que teve início em 2022, também se dedica à formação de artesãos locais, assegurando que a mão-de-obra seja capacitada para implementar as obras.
Na província de Cabo Delgado, o projeto irá igualmente fomentar a construção de habitações resilientes nas cidades de Pemba, a capital provincial, e Montepuez.