O candidato do PSD/CDS à câmara do Porto, Pedro Duarte, considera o processo do metrobus um desastre e propõe uma reflexão sobre o projeto, defendendo a preservação das árvores na Avenida da Boavista.
Durante uma caminhada pela Avenida da Boavista, Pedro Duarte, candidato do PSD/CDS à câmara do Porto, não poupou críticas ao "processo do metrobus", que qualificou como um verdadeiro desastre. "Este projeto tem revelado falências e não podemos tolerar esta situação", afirmou durante o lançamento da petição pública "Por uma Avenida da Boavista Verde, Humanizada e Sustentável", da qual é promotor.
Duarte levantou preocupações sobre a segunda fase do projeto, que une Pinheiro Manso à Anémona, advogando pela sua suspensão e revisão. Para o candidato, essa fase do metrobus tem a assinatura do Partido Socialista e representa uma ameaça à integridade da Avenida da Boavista, podendo resultar na destruição irreparável de uma centena de árvores. "Queremos fazer um apelo à Metro do Porto para que reconsidere e procure alternativas que garantam a mobilidade sem sacrificar a natureza", explicou.
A suspensão da segunda fase, segundo Pedro Duarte, deve ser uma questão de bom senso. Ele insistiu que não se podem tomar decisões que afetem a vida dos portuenses sem a devida participação da comunidade. "Se eu for presidente, decisões que impactem significativamente a vida das pessoas não podem ser tomadas sem a sua consulta", garantiu.
O candidato também desafiou a ideia de que perder fundos comunitários seria um argumento válido contra a suspensão do projeto: "Se a perda de fundos se deve ao seu uso incorreto, prefiro que estes fundos se percam", afirmou.
Duarte não hesitou em apontar a responsabilidade do Partido Socialista no andamento do metrobus, citando a nomeação da administração da Metro pelo governo socialista como evidência de que esta é uma obra do PS. "Contudo, defendo os interesses do Porto acima de tudo", frisou, destacando que a sua posição é neutra em relação a cores partidárias.
O evento contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre elas figuras proeminentes da política local, e demonstrou uma forte adesão à petição, que já conta com quase quatro mil assinaturas em apenas 48 horas.
As candidaturas à câmara do Porto já incluem Manuel Pizarro pelo PS, Pedro Duarte pelo PSD, Diana Ferreira pela CDU, Nuno Cardoso pelo movimento Pensar o Porto, Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, Aníbal Pinto pela Nova Direita e Sérgio Aires pelo Bloco de Esquerda. O atual executivo é constituído por seis membros do movimento independente de Rui Moreira, três do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.